AS DINÂMICAS ESPACIAIS DO AGRONEGÓCIO NA MICRORREGIÃO DE PORECATU
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Resumo
A análise das dinâmicas espaciais exige, de um lado, reconhecer os principais agentes e sujeitos históricos e suas intencionalidades que acabam definindo “o território como espaço geográfico ou conceito” (FERNANDES, 2006), e de outro exige, também, a análise das práticas socioespaciais destes agentes e sujeitos sociais que acabam se configurando em determinações territoriais hegemônicas ou contra hegemônicas (SOUZA, BORGES, 2017) que se materializam neste espaço e, portanto, expressam a centralidade epistêmica do território, as relações de poder (RAFFESTIN, 1993). Diante do exposto, este artigo objetiva analisar, na dinâmica de ocupação da região norte do Paraná, mais precisamente o entorno territorial do município de Porecatu, a partir de uma determinação territorial (a produção da mercadoria) que desvela duas gêneses de contradição, a primeira engendrada na classe dos proprietários de terras e, a segunda, no interior da classe camponesa, em seus processos reprodução social.
*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.
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