A trilha sonora do curta-metragem Guardiãs do Nascimento
uma jornada poética pelos quatro elementos da natureza
DOI:
https://doi.org/10.26512/vozcen.v4i01.48457Palavras-chave:
Feminismo, Gestação, Performance Ritual, Trilha sonora, AudiovisualResumo
Este artigo é um relato dos princípios que envolveram a composição poética do audiovisual Guardiãs do Nascimento, com enfoque nas relações entre som e imagem, performance ritual e natureza, corporeidade e afeto. O curta-metragem tem como proposta estética ser uma jornada sonora e visual de travessia pelo ciclo gestacional até o parto, guiada por rituais com os quatro elementos da natureza: água, ar, fogo e terra. Com ênfase na dimensão ritual, o filme é composto por cenas de performances rituais e por uma estética do roteiro narrativo como rito de passagem. A composição da trilha sonora está embasada em estudos musicais da Antroposofia e da área do sound healing. O filme tem como objetivo semear sabedorias femininas da parteria tradicional comunitária e fortalecer o paradigma do parto humanizado para uma chegada amorosa do bebê à Terra.
Referências
ANTUNES, Cátia Alexandra Raposo Miranda Correia. A vocalização da parturiente. Lisboa: Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, 2019. Tese (Relatório de Estágio). Disponível em: https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/32158 . Acesso em: 10 nov. 2021.
AUSTER, Sara. Sound Bath. NY: Tiller Press, 2019.
BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. São Paulo: Martins Fontes, 1989
BALASKAS, Janet; SARZANA, Silvia. Parto ativo: guia prático para o parto natural. Editora Ground, 2021.
BARROSO, Iraci. Os saberes de parteiras tradicionais e o ofício de partejar em domicílio nas áreas rurais. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, v. 2, n. 2, 2009. Disponível em: https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/view/34 . Acesso em: 12 nov. 2021.
CAVALCANTI, Francisca MB. Musicoterapia e terapêutica antroposófica: processo interativo com o Canto Werbeck. Florianópolis: Pós-Graduação em Musicoterapia da UNISUL, 2012. Dissertação (Especialização) Disponível em: http://franciscacavalcanti.com/wp-content/uploads/2016/02/Musicoterapia-e-terapeutica-antropos%C3%B3fica-.pdf . Acesso em: 03 mar. 2022.
CECHIN, Petronila Libana. Reflexões sobre o resgate do parto natural na era da tecnologia. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 55, n. 4, p. 444-448, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/SN9J6x5bDRtCXJQZQrtCLKd/abstract/?lang=pt . Acesso em: 08 set. 2021.
GAYNOR, Mitchell. Sons que curam. SP: Cultrix, 1999.
GOLDMAN, Jonathan. Healing Sounds. USA: Healing Arts Press, 2002.
GOLDMAN, Jonathan; GOLDMAN, Andi. Chakra frequencies: Tantra of sound. Simon and Schuster, 2011.
LANGDON, Esther Jean Matteson. Xamanismo no Brasil: novas perspectivas. Florianópolis: UFSC, 1996.
MAMAN, Fabien; UNSOELD, Terres. El tao del sonido. España: Guy Trédaniel ediciones, 2012.
MARTINS, Janaína Träsel. Alquimias sonoras na meditação com o grupo artístico Cantos de Gaia: princípios e procedimentos compositivos. Revista Voz e Cena -Brasília, v. 01, nº 01, janeiro-junho/2020 - pp. 145-168. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/vozecena/article/view/31551 . Acesso em: 16 maio 2021.
MARTINS, Janaina Trasel. Práticas de Escuta: relato de um processo compositivo de jornadas sonoras pelo projeto Cantos de Gaia. In: GUBERFAIN, Jane & LIGNELI, César. Práticas, poéticas e Devaneios Vocais. RJ: Sinergia, 2018.
MATTSON, Jill. Ancient Sounds, Modern Healing. USA: Wings of Light. 2013.
NATAL, Gabriela Celina Barbosa; SINIBALDI, Bárbara. Dos rituais às ervas: revisando o ofício de partejar. ECOS-Estudos Contemporâneos da Subjetividade, v. 11, n. 2, p. 190-201, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/SN9J6x5bDRtCXJQZQrtCLKd/abstract/?lang=pt . Acesso em: 20 abr. 2022.
PALHARINI, Luciana Aparecida; FIGUEIRÔA, Silvia Fernanda de Mendonça. Gênero, história e medicalização do parto: a exposição “Mulheres e práticas de saúde”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 25, p. 1039-1061, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/tVY7ZqQTFNHTCbSLLT8nnJn/abstract/?lang=pt . Acesso em: 10 mar. 2022.
PERRET, Daniel. Sound healing with the five elements. Holland: Binkey Kok Publications, 2005.
PETRAGLIA, Marcelo Silveira. A música e sua relação com o ser humano. Botucatu: Ouvir Ativo, 2010.
PINKOLA, Clarissa. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1999
SANFELICE, Clara Fróes de Oliveira; SHIMO, Antonieta Keiko Kakuda. Parto domiciliar: avanço ou retrocesso? Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 35, p. 157-160, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/RF3TrbZCsfLyJnWQnL8QDVq/abstract/?lang=pt . Acesso em: 14 nov. 2021.
SCHECHNER, Richard. Ritual. In: LIGIERO, Zeca (org). Performance e Antropologia de Richard Schechner. Org. Zeca Ligiéro. Rio de Janeiro: Maud X, 2012.
SIMAS, Raquel. Doulas e o movimento pela humanização do parto. Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em Antropologia/Universidade Federal Fluminense, 2016. (Dissertação de mestrado) Disponível em: http://cpa.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/16/2016/07/Raquel-Simas-Doulas-e-o-Movimento-pela-Humaniza%C3%A7%C3%A3o-do-Parto-Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf . Acesso em: 08 ago. 2021.
VENDRÚSCOLO, Cláudia Tomasi; KRUEL, Cristina Saling. A história do parto: do domicílio ao hospital; das parteiras ao médico; de sujeito a objeto. Disciplinarum Scientia.| Ciências Humanas, v. 16, n. 1, p. 95-107, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1842 . Acesso em: 05 jul. 2021.
ZANARDO, Gabriela Lemos de Pinho et al. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia & sociedade, v. 29, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/J7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN/ . Acesso em: 05 jul. 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 Voz e Cena
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita aos autores e à Revista Voz e Cena e que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelos autores e pela Revista. Ao submeter um artigo à Revista Voz e Cena e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.
Este trabalho está licenciado com uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.
7.PNG)
