ASPECTOS RELACIONADOS À PREFERÊNCIA DA GESTANTE PELA VIA DE PARTO

Autores

  • Renata Marien Knupp Medeiros Universidade Federal de Mato Grosso
  • Luzinett Alves Davi Universidade Federal de Mato Grosso
  • Sandra Regina Melo Cardoso Universidade Federal de Mato Grosso
  • Suellen Rodrigues de Oliveira Maier Universidade Federal de Mato Grosso
  • Liliam Carla Vieira Gimenes Universidade Federal de Mato Grosso
  • Graciano Almeida Sudré Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.18673/gs.v1i3.24191

Palavras-chave:

Artigos Originais

Resumo

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva, que objetivou compreender os aspectos relacionados à preferência pela via de parto de gestantes residentes no município de Rondonópolis-MT. Para a coleta de dados utilizou-se de entrevistas semiestruturadas, que posteriormente foram submetidas a análise de conteúdo temática. Das dezesseis participantes, treze tiveram partos cirúrgicos e apenas três realizaram parto vaginal na última gestação, contudo, dez delas afirmaram desejar um parto normal no início da gravidez e apenas seis fizeram opção pela cesariana desde o princípio. A escolha pela cesariana no final da gestação não esteve necessariamente relacionada a indicação médica. Os aspectos mais prevalentes relacionados a preferência pela via de parto foram: a experiência do parto anterior, que interferiu na decisão dos partos subsequentes; a ausência de informações durante o pré-natal, que motivou a busca por informações em fontes duvidosas; e os medos relacionados a dor e a desfechos trágicos, que constituíram forte influência na opção pela via de parto, ocasionando alto índice de cesarianas sem indicações clínicas. Observa-se a importância de uma assistência profissional qualificada no pré-natal a fim de atenuar a alta incidência de cesarianas desnecessárias e proporcionar às mulheres uma escolha informada pela via de parto.

Biografia do Autor

  • Renata Marien Knupp Medeiros, Universidade Federal de Mato Grosso

    Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem (FAEN/UFMT). Mestre em Educação (PPGE/UFMT). Professora Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem /UFMT campus Universitário de Rondonópolis.

  • Luzinett Alves Davi, Universidade Federal de Mato Grosso

    Enfermeira, graduada pela Universidade Federal de Mato Grosso, campus Universitário de Rondonópolis.

  • Sandra Regina Melo Cardoso, Universidade Federal de Mato Grosso

    Enfermeira, graduada pela Universidade Federal de Mato Grosso, campus Universitário de Rondonópolis. 

  • Suellen Rodrigues de Oliveira Maier, Universidade Federal de Mato Grosso

    Enfermeira. Mestre em Educação (PPGE/UFMT). Professora Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Universitário de Rondonópolis.

  • Liliam Carla Vieira Gimenes, Universidade Federal de Mato Grosso
    Enfermeira. Mestre em Ateção a Saúde (PUC/GO). Professora Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Universitário de Rondonópolis.
  • Graciano Almeida Sudré, Universidade Federal de Mato Grosso

    Enfermeiro. Mestre em Gestão da Clínica pela Universidade Federal de São Carlos/UFSCar. Professor Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Universitário de Rondonópolis.

Referências

1. Patah, LEM, Malik, AM. Modelo de assistência ao
parto e taxa de cesárea em diferentes países. Rev de
Saúde Pública, [online]. 2011; 45 (1): 185-94.
Disponível em:
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v45n1/1759.pdf
2. Organização Mundial de Saúde (OMS). Assistência
ao Parto Normal: um guia prático. Saúde Materna e
Neonatal/Unidade de Maternidade Segura Saúde
Reprodutiva e da Família, Genebra (CH); 1996.
Disponível em: <Disponível em:
http://abenfo.redesindical.com.br/arqs/materia/56_a.pdf
3. Nascer no Brasil. Inquérito Nacional sobre Parto e
Nascimento. Sumário Executivo Temático da Pesquisa.
Brasil; 2014. Disponível em:
http://www.ensp.fiocruz.br
4. Domingues RMSM, et all,. Processo de decisão pelo
tipo de parto no Brasil: da preferência inicial das
mulheres à via de parto final. Cad. Saúde Pública,
[online]. 2014; 30 (1): 101-116. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
311X2014001300017&script=sci_arttext
5. Bardin L. Análise de Conteúdo. Edições 70, LDA,
Lisboa ”“ Portugal; 2010.
6. Lopes RCS, Donelli TS, Lima CM, Piccinini CA. O
antes e o depois: expectativas e experiências de mães
sobre o parto. Psicologia: Reflexão e Crítica, [online].
2005; 18(2): 247-254. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n2/27476.pdf
7. Nascimento NM, Progianti JM, Novoa RL, Oliveira
TR, & Vargens OMC. Tecnologias não invasivas de
cuidado no parto realizadas por enfermeiras: a
percepção de mulheres. Esc Anna Nery Rev Enferm
[online]. 2010; 14 (3): 456-461. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ean/v14n3/v14n3a04.pdf
8. Wolff LR, Waldow VR. Violência Consentida:
mulheres em trabalho de parto e parto. Rev S Soc,
[online]. 2008; 17(3): 138-151. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7604/91
28
9. Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas
de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto,
aborto e puerpério: Assistência humanizada à
mulher/Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de
Saúde, Área Técnica da Mulher. Brasília; 2001.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf
10. Medeiros RMK, Santos IMM, Silva LR. A escolha
pelo parto domiciliar: história de vida de mulheres que
vivenciam esta experiência. Esc Anna Nery Rev
Enferm, [online]. 2008; 12 (4): 765-772. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n4/v12n4a22.pdf
11. Figueiredo NSV, Barbosa MCA, Silva TAS,
Passarini TM, Lana BN, Barreto J. Fatores culturais
determinantes da escolha da via de parto por gestantes.
Rev HU, [online]. 2010; 36 (4): 296-306. Disponível
em:
http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/
viewFile/1146/460
12. Andrade PB, Botti ML. Mulheres e Parto: vivências
que influenciam as escolhas. In: Anais do Colóquio
Nacional de Estudos de Gênero e História; 2013. 619-
628; UNICENTRO. Disponível em:
http://sites.unicentro.br/wp/lhag/files/2013/10/BrienaPadilha-e-Maria-Botti.pdf
13. Iorra MRK, Namba A, Spillere RG, Nader SS,
Nader PJH. Aspectos relacionados à preferência pela
via de parto em um hospital universitário. Revista
AMRIGS, 2011; 55 (3): 260-268. Disponível em:
http://www.amrigs.com.br/revista/55-03/0000045956-
Revista_AMRIGS_3_artigo_original_aspectos_relacio
nados.pdf
14. Silva SPC, Prates RC, Campelo BQA. Parto normal
ou cesariana? Fatores que influenciam na escolha da
gestante. Rev EnfermUFSM.2014;4(1):1-9. Disponível
em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reufsm/article/view/8861
15. Weinert LS, et al. Diabetes gestacional: Um
algoritmo de tratamento multidisciplinar. Arq Bras
Endocrinol Metab. [online]. 2011; 55 (7): 435-445.
Disponível em:
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4015
2/000818091.pdf?sequence=1
16. Ruano RPC, Tavares ALZM. Dor do parto ”“
Sofrimento ou necessidade? Rev. Assoc. Méd. Bras..
[online]. 2007; 53 (5): 384-384. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
42302007000500009&script=sci_arttext
17. Odent M. O renascimento do parto. Tradução de
Roland B. Calheiros. Florianópolis (SC): Saint
Germain; 2002.
18. Maldonado MTP. Psicologia da gravidez: parto e
puerpério. Ed. 15ª. São Paulo: Saraiva; 2000.

Downloads

Publicado

31-10-2017

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
ASPECTOS RELACIONADOS À PREFERÊNCIA DA GESTANTE PELA VIA DE PARTO. Rev. G&S [Internet]. 31º de outubro de 2017 [citado 30º de dezembro de 2025];1(3):603-21. Disponível em: https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/rgs/article/view/10400

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)