Pensar-Viver-Água em Oxum para (Re)Encantar o Mundo
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v4i2.34344Palavras-chave:
Epistemologias de terreiro, Oxum, Pensar-viver-água, Políticas do encantamentoResumo
Oxum, na tradição afro-brasileira, é a senhora da fertilidade e a potência criadora da vida. Oxum é quem nos permite enxergar, pensar, sentir-sonhar e esperançar a vida mesmo diante da morte, a bonança mesmo diante da escassez. Nesse sentido, neste texto, me dedico a refletir (em/com) Oxum, centrado na ideia do “pensar-viver-água” e em toda a sua potência de encantamento, como uma forma de resistir os tempos de escassez e desencanto que temos atravessado, especialmente no Brasil. Teço essa reflexão a partir dos mitos afro-brasileiros e da oralidade sagrada presente no terreiro. Com isso, reivindico um outro “entendimento-mundo”, outra cosmopercepção de mundo, engendrada fora dos limites da racionalidade colonial, gerada no útero ancestral das comunidades-terreiro e inscrita nos modos de ser-viver do povo-de-santo. Em/Com Oxum, a partir das com-vivências nos cotidianos do axé, aprendemos que é pela vida, em todas as suas formas e em sua plenitude, que é a nossa peleja no ayê.
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