Ressignificações Insurgentes
o Rap de fronteira
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv15n3.2021.37237Palavras-chave:
Deslocamento, Fronteira, Narrativa, RapResumo
Este artigo compõe os resultados de pesquisa sobre o Movimento Hip Hop, a partir da sua estética política o Rap, na cidade de Foz do Iguaçu - Brasil, que faz fronteira com a cidade de Puerto Iguazú – Argentina e Ciudad Del Este – Paraguai. Inserido no contexto trinacional, a partir da vivência de campo em uma pesquisa social exploratória-analítica (GIL, 2008), objetiva-se no presente artigo uma concepção do Rap de fronteira, objetivando responder como ele se constitui e ganha corpo na cidade de Foz do Iguaçu - PR às suas fronteiras? Para tanto, em uma análise de vivência de campo, compreende-se que as narrações no Rap de fronteira, traduzem percepções dinamizadas das condições sociais, culturais e econômicas que se encontram à margem dos debates e discussões políticos, onde os signos linguísticos e culturais em trânsitos fronteiriços se ressignificam questionando as condições de subalternização, marginalização e opressão da vida urbana, campesina e indígena.
Referências
ARCE, José M. Valenzuela. O funk carioca. In: Herschmann, Michael (Org.). Abalando os anos 90: funk e hip hop. Globalização, violência e estilo cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. p.136-163.
BRÔ MCS. Rap Nativo: O que o Guarani e o Crioulo têm em comum?. [Entrevista concedida a Juliana Penha]. Porta Rap Nacional, Jul, 2013. Disponível em: https://www.rapnacional.com.br/rap-nativo-o-que-o-guarani-e-o-crioulo-tem-em-comum/. Acesso em: 03 abril. 2021.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
CASTRO, Germania. El Hip Hop en Venezuela: Documental audiovisual sobre el Hip Hop. Caso Distrito Capital. Caracas: Trabalho de conclusão de curso de Comunicacão Social, UCV – Universidad Central de Venezuela, 2008.
EVARISTO, Conceição. Olhos d'água. Pallas Editora, 2016.
ESTACIO, Víctor Hugo Salazar. Análisis descriptivo del hip hop em ciudad de Quito. Quito: Trabalho de conclusão de curso em de Comunicação Social, Universidad Central do Equador, 2013.
FACE DA MORTE. O Crime do Raciocínio (Álbum musical). São Paulo: Skype Blue, 1999.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 2008.
GIDDENS, Anthony. A constituição da sociedade. São Paulo: Editora WMF Martins: Fontes, 2009.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Ed.34, 2001.
GILROY, Paul. Observância Racial, Nacionalismo e Humanismo. In: Entre Campos: Nações, Culturas e o Fascínio da Raça. São Paulo: Anablume, 2007.
HALL, Stuart. “Quem precisa de identidade?” in SILVA, Tomaz Tadeu (org) Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
______. Da diáspora identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: representação da Unesco no Brasil, 2011.
HARKOT-DE-LA-TAILLE, E.; SANTOS, Adriano R. Sobre escravos e escravizados: percursos discursivos da conquista da liberdade. Anais Eletrônico III Simpósio Nacional Discurso, Identidade e Sociedade (III SIDIS). São Paulo: Unicamp, 2012. Disponível em: https://www.iel.unicamp.br/sidis/anais/pdf/HARKOT_DE_LA_TAILLE_ELIZABETH.pdf. Acesso em: 29 jan. 2021.
HERSCHMANN, M. Abalando os anos 90 – Funk e Hip Hop – Globalização, violência e estulo cultural. Rio de Janeiro: ROCCO, 1997.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
LOPES, NEI. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.
MACHADO, Lia Osório. Limites, Fronteiras, Redes. In: STROHAECKER, Tânia Marques. et al. (Org.). Fronteiras e Espaço Global. Porto Alegre: AGB-Seção Porto Alegre, 1998.
MANDAMENTOS DA RUA. Na Fronteira do Inferno (Álbum musical). Foz do Iguaçu, 2006. Disponível em: https://www.palcomp3.com/mandamentosdarua/. Acesso em: 29 out. 2020.
MANO ZEU. Brasil Ilegal (Álbum musical). Foz do Iguaçu, 2009. Disponível em: https://www.palcomp3.com.br/MANOZEURAP/. Acesso em: 29 set. 2020.
OLIVEIRA, Ana Maria Pinto Pires de; ISQUERDO, Aparecida Negri (Orgs.). As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia, terminologia. Campo Grande: Ed. UFMS, 2001.
PEREIRA, Diana Araujo, Cartografias imaginárias: geopoéticas e fronteiras. Revista Línguas e Letras, Vol. 17, n.38, 2016.
POCH PLÁ, Pedro. Del Mensaje a la Acción: Construyendo el Movimiento HipHop em Chile (1984-2004 y mas allá). Santiago: Editorial Quinto Elemento, 2011.
RATZEL. F. Geografia do Homem. (Antropogeografia). In: MORAES, Antonio Carlos Robert. (Org.). Ratzel. São Paulo: Ática, 1990.
ROSE, T. Um estilo que ninguém segura: política, estilo e a cidade pós-industrial no hiphop. In: Herschman, M. (Org.). Abalando os anos 90: funk e hip-hop: globalização, violência e estilo cultural. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. p.190-213.
SANTANA, Janaina de Jesus Lopes. Implementação da Lei 10.639/03: O Movimento hip hop como forma de ampliação do debate étnico-racial na educação. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso.
SILVA, Ronaldo. Decolonialidade do saber: as ecologias dos saberes na produção do conhecimento. Revista Katálysis [online]. 2022, v. 25, n. 2 [Acessado 25 out. 2022], pp. 356-364. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rk/a/csc6FRBDPnz4Y6FMkkwtCGt/?lang=pt .
SOUZA, Angela Maria de. 2009. “A caminhada é longa e .... o chão tá liso”: O movimento hip hop em Florianópolis e Lisboa. Tese de Doutorado, PPGAS- -UFSC, Florianópolis, 2009.
SOUZA, Angela Maria de; JESUS, Janaína Santana de; SILVA, Ronaldo. “Rap na fronteira: Narrativas poéticas do Movimento hip hop”. Revista TOMO, Espírito Santo, n. 25, p.09-26, 2014: jul./dez. Disponível em https://seer.ufs.br/index.php/tomo/article/view/3433 . Acesso em: 03 set. 2020.
SOUZA, Angela M. “A caminhada é longa... e o chão tá liso”: O Movimento hip-hop em Florianópolis e Lisboa. São Leopoldo, RS: Trajetos Editorial, 2016.
SOUZA, Angela Maria de. Musicalidades Afro-Latina Americanas entre fronteiras. In: MARSAL, M. H.; DINIZ, A.G.; CUSTÓDIO, R. C. F. Estéticas Migrantes. Niterói, RJ: Comunitá, 2013.
SOUZA, Angela Maria de. O Movimento do RAP em Florianópolis: “A Ilha da Magia é da ponte pra lá!” Dissertação de Mestrado em Antropologia Social - Florianópolis: UFSC, 1998.
SQUIRE, Corinne. O que é narrativa? Civitas - Revista de Ciências Sociais, vol. 14, núm. 2,
p. 272-284. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2014.2.17148 . Acesso em: 03 set. 2020.
VIANNA, H. O mundo funk carioca. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ronaldo Silva, Angela Maria de Souza, Janaina de Jesus Lopes Santana

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Ao ter seu trabalho aprovado e publicado, o autor compromete-se a colaborar com os processos de avaliação de outros trabalhos, em conformidade com sua disponibilidade e área de atuação.