Orçamento Impositivo e Relação entre Poderes no Brasil

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Resumo

Este artigo analisa o modelo orçamentário brasileiro à luz das Emendas
Constitucionais nº 86, de 2015 e nº 100, de 2019 ”“ que tornam
obrigatória a execução da programação orçamentária relativa a emendas
parlamentares. A proposta do trabalho é associar a discussão acerca
da natureza orçamentária à questão mais ampla das relações de
poder presentes no orçamento. Foi utilizada pesquisa bibliográfica e
documental, com análise exploratória qualitativa, mediante a verificação
comparada e argumentativa do que dispõe o ordenamento jurídico
nacional, a doutrina e a jurisprudência, além de especialistas nas áreas de
orçamentação e ciência política. É possível concluir que o ordenamento
jurídico orçamentário nacional optou por atribuir papéis específicos aos
Poderes, num sistema com responsabilidades compartilhadas. Nesse
sentido, a despeito de persistir divergência na doutrina, o orçamento
pátrio não teve seu modus operandi radicalmente alterado pelas Emendas,
visto que a impositividade introduzida possui diversos condicionantes.
Constatou-se ainda que a polêmica é relevante no tocante às relações
de poder, notadamente entre Executivo e Legislativo, na disputa por
protagonismo orçamentário.

Biografia do Autor

  • Núbia Cristina Barbosa Santos

    Pós-Graduada em Orçamento Público pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e Técnica
    Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Brasília, DF, Brasil.

  • Carlos Eduardo Gasparini, Instituto de Direito Público (IDP)

    Doutor em economia pela Universidade Federal de Pernambuco e Professor do IDP, Brasília, DF,
    Brasil.

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Publicado

2020-05-12

Como Citar

Orçamento Impositivo e Relação entre Poderes no Brasil. (2020). Revista Brasileira De Ciência Política, 31, 339-396. https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/rbcp/article/view/31491