O POÉTICO COMO LUGAR PRIVILEGIADO DA FILOSOFIA
incursões sobre a linguagem filosófica e poemática
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v1i1.11483Palavras-chave:
Linguagem. Metafísica. Poesia. María Zambrano. Martin Heidegger.Resumo
A Kehre, que inicia a assim chamada segunda fase da filosofia de Heidegger, tornou-se, para a filosofia contemporânea, a principal reconsideração da relação entre filosofia da linguagem e poética, tema fortemente conectado à guinada hermenêutica da ontologia. Antes de querer nos ensinar a pensar, Heidegger nos incita ao reconhecimento de que a linguagem é o lugar originário da experiência do Ser. Assim a linguagem teria prevalência sobre qualquer discurso, mesmo o científico, vindo a se tornar o principal contraponto à metafísica. María Zambrano, como Heidegger, escreverá suas obras na tentativa de compreender a poesia e a filosofia como contrapontos históricos do pensamento e da linguagem, e o mesmo fará Octavio Paz. Para estes pensadores ilustres, a linguagem da metafísica não apenas deveria ser repensada, como também teríamos de construir um pensamento que servisse apenas à linguagem. Tal é já perscrutado no lugar ocupado pelo poético, pela linguagem da poesia ou a despeito dela.
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