Monitoramento remoto do consumo de água em agências bancárias utilizando gráficos de controle estatístico

Lucas Lepinski Golin Freitas; Andreza Kalbusch; Elisa Henning; Marcio Ferreira de Lima

doi:10.18830/1679-09442025v18e53504

Autores

Lucas Lepinski Golin Freitas Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências Tecnológicas; Departamento de Engenharia Civil https://orcid.org/0000-0001-9188-8874
Andreza Kalbusch Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências Tecnológicas; Departamento de Engenharia Civil https://orcid.org/0000-0002-4770-1758
Elisa Henning Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências Tecnológicas; Departamento de Matemática. https://orcid.org/0000-0002-7754-9451
Marcio Ferreira de Lima Caixa Econômica Federal; Vice-presidência de Logística; Gerência Executiva de Engenharia e Arquitetura https://orcid.org/0000-0002-1179-135X

DOI:

https://doi.org/10.18830/1679-09442025v18e53504

Palavras-chave:

Gráficos de controle, Consumo de água, Monitoramento remoto, Sustentabilidade, Edificações públicas, Monitoramento estatístico

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar o desempenho de dois tipos de gráficos de controle estatístico de processos, Shewhart e EWMA, para o monitoramento de consumo de água em agências bancárias localizadas na região Sul do Brasil. Os gráficos de controle foram utilizados para identificar eventos atípicos que ocorreram durante o período de análise, de 31/10/2018 até 03/11/2019. Três agências bancárias, localizadas nos municípios de Joinville, Criciúma e Curitiba foram selecionadas para análise. As médias diárias de consumo de água encontradas para a agência de Joinville foram de 4,51 m³/dia, 81,82 L/funcionário/dia, 11,14 L/atendimento/dia e 1,47 L/m²/dia. Na agência de Criciúma os indicadores foram de 4,18 m³/dia, 34,73 L/funcionário/dia, 21,02 L/atendimento/dia e 1,27 L/m²/dia. Após a substituição de todos os mecanismos de acionamento das válvulas de descarga ocorreu a redução do consumo para 2,48 m³/dia, totalizando a economia de 298,69 m³. Os indicadores para a agência de Curitiba foram de 0,61 m³/dia, 34,69 L/funcionário/dia, 1,98 L/atendimento/dia e 0,29 L/m²/dia. Ambos os gráficos analisados apresentaram resultados satisfatórios quanto à detecção de vazamentos, consumos excessivos de água e outros eventos atípicos. Complementarmente, o gráfico EWMA apresentou um melhor desempenho para a detecção de pequenas variações no consumo.

Biografia do Autor

Lucas Lepinski Golin Freitas, Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências Tecnológicas; Departamento de Engenharia Civil

Engenheiro Civil pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2020), Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina - FAPESC (2019), atua em pesquisas do uso de gráficos de controle estatístico para monitoramento o consumo de água em edifícios. Atualmente é gerente de projetos e dimensionamento de estruturas metálicas.
Andreza Kalbusch, Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências Tecnológicas; Departamento de Engenharia Civil

Doutora em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011), Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (2006), com graduação em Engenharia Civil pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2001). Atualmente é professora do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Santa Catarina, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e coordenadora do GT de Sistemas Prediais da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Seus temas de pesquisa são conservação de água, desempenho de sistemas prediais e consumo de água no ambiente construído e consumo de água no ambiente urbano.
Elisa Henning, Universidade do Estado de Santa Catarina; Centro de Ciências Tecnológicas; Departamento de Matemática.

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1992), mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998), especialização em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras (2005), especialização em Ciência de Dados e Inteligência Artificial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2024), mestrado em Estatística pela Universidade Aberta de Portugal (2014) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Atualmente é professor efetivo da Universidade do Estado de Santa Catarina e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2. Desenvolve pesquisa na área de Estatística Aplicada à Engenharia, nomeadamente ao Desenvolvimento Sustentável na Construção Civil e Métodos Estatísticos para a Pesquisa em Educação.
Marcio Ferreira de Lima, Caixa Econômica Federal; Vice-presidência de Logística; Gerência Executiva de Engenharia e Arquitetura

Possui Mestrado em Meio Ambiente Urbano e Industrial pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universität Stuttgart, Alemanha (2017), Especialização em Projetos Sustentáveis e Mudanças Climáticas pela UFPR (2014) e Graduação em Engenharia de Produção Civil pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em 2005. Engenheiro Civil do quadro profissional da Caixa Econômica Federal desde 2007. Na Gerência Nacional de Infraestrutura atua em obras de engenharia, manutenção de instalações prediais e gestão do consumo de água e energia dos imóveis da CAIXA. Participa de pesquisas sobre hidrômetros com telemetria (smart meters), internet das coisas (IoT) e controle estatístico de processos de consumo de água.

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