Momento cartográfico e momento expedicionário, com um intervalo: proposta de esquema da ficção de Alberto Mussa (1997-2018)
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-40187310Palavras-chave:
Alberto Mussa; literatura brasileira contemporânea; revisão de literatura.Resumo
Na contramão da maior parte da fortuna crítica sobre Alberto Mussa (1961, Rio de Janeiro-RJ), este artigo escolhe não uma abordagem parcial, restrita a um livro ou conto, e sim uma visão de conjunto da obra. A partir de uma leitura sintética de seus principais livros, o trabalho propõe um esquema para a compreensão do conjunto, valendo-se de algumas imagens conceituais: haveria um momento cartográfico (1997-2006), em que o autor testa recursos formais e deles se apropria; depois, um intervalo radical (2007-2010), em que Mussa diminui a preponderância da ficção em sua escrita, em busca de um diálogo com suas “raízes”, isto é, obras, gêneros e figuras por ele tomados como base de sua poética; e, por fim, um momento expedicionário (2011-2018), quando seus esforços criativos se voltam para um único projeto: os romances do Compêndio Mítico do Rio de Janeiro.
Referências
AGUIAR, Cristhiano (2017). Memória e representação ficcional em O Enigma de Qaf, de Alberto Mussa. Revista Encontros de Vista, Recife, v. 19, n. 1, p. 47-59.
BALBI, Henrique (2022). Erudito e zombeteiro: uma leitura do Compêndio Mítico do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Literatura Brasileira) – Universidade de São Paulo, São Paulo.
BRAGA, Joyce Silva (2013). Alberto Mussa e a cosmogonia dos degradados. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, v. 27, n. 5, p. 325-360.
CERNICCHIARO, Ana Carolina (2015). A imagem pelo outro: perspectivas ameríndias para um devir-outro da linguagem. RECIAL, v. 6, n. 8, p. 1-13. https://doi.org/10.53971/2718.658x.v6.n8.12963
COETZEE, John M. (2016). Foe. Tradução: José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras.
COSTA E SILVA, Alvaro (2017). Com “O Senhor do Lado Esquerdo”, Alberto Mussa começou uma nova fase. Folha de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/10/1925721-com-o-senhor-do-lado-esquerdo-alberto-mussa-comecou-uma-nova-fase.shtml. Acesso em: 22 mar. 2024.
COSTA E SILVA, Alvaro (2018). Em romances policiais, detetives funcionam como leitores de cidades. Folha de S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/06/em-romances-policiais-detetives-funcionam-como-leitores-de-cidades.shtml. Acesso em: 22 mar. 2024.
COUTO, Mia (2015). Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia de Bolso.
LUCCHESI, Marco (2004). Orelha. In: MUSSA, Alberto. O enigma de Qaf. Rio de Janeiro: Record. Orelha.
MACHADO, Mônica (2013). Alberto Mussa e a devoração da ordem. Dissertação (Mestrado em Ciência da Literatura) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
MUSSA, Alberto (2005). Elegbara. 2. ed. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2006). O Movimento Pendular. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2009). Meu Destino é ser Onça. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2013a). O Enigma de Qaf. 2. ed. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2013b). O Senhor do Lado Esquerdo. 2. ed. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2016a). A Primeira História do Mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2016b). O ofício do escritor – Alberto Mussa. Topoi, Rio de Janeiro, v. 17, n. 32, p. 287-307. https://doi.org/10.1590/2237-101X0173214
MUSSA, Alberto (2016c). Os Contos Completos. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2017a). A Hipótese Humana. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2017b). O Trono da Rainha Jinga. 4. ed. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2018). A Biblioteca Elementar. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto (2021). A origem da espécie. Rio de Janeiro: Record.
MUSSA, Alberto; SIMAS, Luiz Antonio (2010). Samba de Enredo: História e Arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
MUSSA, Beto (1997). Elegbara. Rio de Janeiro: Revan.
PÉCORA, Alcir (2011). Medida por Medida. In: PÉCORA, Alcir. Medida por medida. São Paulo: e-galáxia. posição 290-322.
RIBEIRO, Maria José; MOMM, Regiane Regis (2009). Eterno e Imortal: o Viver Atemporal em "Macunaíma" e em "Meu Destino é Ser Onça". Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação, Blumenau, v. 3, n. 2, p. 203-220. https://doi.org/10.7867/1981-9943.2009v3n2p203-220
VIANNA, Hermano (2005). Prefácio à edição 2005. In: MUSSA, Alberto. Elegbara. 2. ed. Rio de Janeiro: Record.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Henrique Balbi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons de Atribuição-Não Comercial 4.0, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.