À procura do berço esplêndido:
a trajetória de uma geração em O filho eterno
DOI:
https://doi.org/10.1590/10.1590/2316-4018548Resumo
O romance O filho eterno, de Cristóvão Tezza, apresenta a trajetória de um pai não nomeado através do espelhamento em relação a seu filho, Felipe, portador da síndrome de Down. Nesse trabalho, procura-se enfatizar a trajetória do pai enquanto representante de uma geração que teve sua juventude marcada pela presença da ditadura militar e que vivenciou a transição para o processo chamado de “redemocratização” do Brasil. Para tanto, parte-se da hipótese de que o referido espelhamento se dá também em função da história do país, em relação ao qual o pai deixa entrever o viés de classe com o qual o relato é construído. Mostra-se que as maneiras pelas quais o romance vincula a trajetória do pai à do país variam ao longo do livro, mas se fazem presentes em recortes temporais enfatizados nas décadas de 1970, 1980 e nos anos 2000.
Referências
PAES, José Paulo. O pobre diabo no romance brasileiro. In: PAES, José Paulo. A aventura literária: ensaios sobre ficção e ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
TEZZA, Cristóvão. O filho eterno. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.
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