Condicionantes lito-estruturais na evolução de regolitos: Bacia do Alto Rio Fortaleza – Bananal-SP
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562021e40285Palabras clave:
estruturas geológicas, fluxos artesianos, hidrologia de encosta, regolitosResumen
O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a influência das estruturas litológicas no desenvolvimento dos regolitos da Bacia do Alto Rio Fortaleza (SP). Para tanto, foram analisados a granulometria e a mineralogia da areia e argila para aplicação de índices de intemperismo. Os regolitos da bacia do alto Rio Fortaleza apresentam elevada espessura e avançado grau de intemperismo. As análises mineralógicas mostraram que são predominantemente cauliníticos e as bruscas variações texturais encontradas resultam, na grande maioria dos casos, da influência do material de origem (gnaisse). Entretanto, a evolução desses regolitos é fortemente condicionada pelas estruturas geológicas e pela posição topográfica de cada perfil. Pois, os perfis localizados em áreas com maior disponibilidade de fluxos d´água foram mais desenvolvidos. Ainda, a atuação do escoamento subsuperficial lateral, as frequentes oscilações do lençol freático próximo a base da encosta e a ocorrência de fluxos artesianos, estão favorecendo o desenvolvimento de regolitos, mesmo nas camadas mais profundas.
Referencias
ANDERSON, R. S.. Modeling the tor-dotted crests, bedrock edges, and parabolic profiles of high alpine surfaces of the Wind River range, Wyoming. Geomorphology46, 2002, 35-58.
ALMEIDA, J.C.C., EIRADO SILVA, L. G., VALERIANO, C. & HEILBRON, M. Structural framework and landscape evolution between Bocaina and Mantiqueira Ranges, Southeastern Brazil. International Geographical Union – IGU-GERTEC meeting. Bol. de Resumos. Rio de Janeiro, 1999.
AHRNET, R. R. Slopeformandgeomorphologicalprocess: anAustralianexample. Instituteof British Geographers, SpecialPublication 3, 81-92, 1971.
AHNERT, F. Process-response models of denudation at different spatial scales. Catena Supplement. 10:31-50, 1987.
BIRKELAND, P. W. Soil and Geomorphology. New York, Oxford Press. 342p, 1984.
BREWER, R. Fabric and mineral analysis of soils. New York, John Wiley & Sons, 470p, 1976.
BÜDEL, J. Die “DoppeltenEinebnungsflachen” in den fenchtentroppen. Zeif. Geomorph., 1(2), 201- 228, 1957.
BÜDEL, J. Climatic Geomorphology. Princepton, Princepton Univ. Press. 443p, 1982.
CARSON, M. A. & KIRKBY, M. J. Hillslope form and process. Cambridge University Press, New York, 475p, 1972.
COELHO NETTO, A. L. Catastrophic landscape evolution in a humid region (SE Brasil): inheritances from tectonic, climatic and land use induced changes. Supplementidi Geografia Fisica e DinamicaQuaternaria, Bologna, Itália. III (3):21-48, 1999.
COELHO NETTO, A. L.. Evolução de cabeceiras de drenagem no Médio Vale do Rio Paraíba do Sul (SP/RJ): a formação e o crescimento da rede de canais sob controle estrutural. Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 4, N. 2, 2003, 118-167.
COLMAN, S. M. Rock weathering rates as function of time. Quaternary Research, 15:250-264, 1981.
COX, N. J. On the relationship between bedrock lowering and regolith thickness. Earth Surface Processes and Landforms 5, 271-274, 1980.
CUNHA, P.; MARQUES JR.; J.; CURI, N.; PEREIRA, G. T.; LEPSCH, I. F. Superfíciesgeomórficas e atributos de Latossolosemumaseqüênciaarenítico-basaltica da região de Jaboticabal (SP). Revista Brasileira de Ciência do Solo. Viçosa v.29 p.81-90, 2005.
DEMATTÊ, J. L. I.; MARCONI, A.; SPAROVEK, G. & VIDAL TORRADO, P. Estimativa da evolução do intemperismo mediante ganhos e perdas de íons numa seqüência de solos desenvolvidos de diabásio e influenciados pela drenagem em Piracicaba, SP. Revista Bras. Ci. Solo., Campinas, 15:69-73, 1991.
DEROSE, R. C.; TRUSTRUM, N. A. & BLASCHKE, P. M. Geomorphic change implied by regolithslope relationships on steepland hillslopes, Taranaki, New Zealand. Catena 18, 489-514, 1991.
DIETRICH, W. E.; REISS, R.; HSU, M. L. & MONTGOMERY, D. R. A process-based model for colluvial soil depth and shallow landsliding using digital elevation data. Hydrological Processes 9, 383-400, 1995.
EHLEN, J.. Fracture characteristics in weathered granites. Geomorphology 31, 1999, 29-45.
EHLEN, J.. Above the weathering front: contrasting approaches to the study and classification of weathered mantle. Geomorphology 67, 2005, 7-21.
FERNANDES, M. R. Evolução pedogeomorfológica de vertentes: o caso da bacia do Fortaleza, Bananal/SP, Relatório final Faperj, Geoheco – Laboratório de Geo-hidroecologia, Departamento de Geografia, UFRJ, 2000.
GERRARD, A. J. Soil and landforms: an integration of geomorphology and pedology. Londres, George Allen Unwin Publishing. 219p, 1981.
GILBERT, G. K. Report on the geology of Henry mountains. U.S. Geog. & Geol. Survey of the Rocky Mountain Region. Department of the Interior. Washington. 151p, 1877.
HACK, J. T. The interpretation of erosional topography in humid temperate regions. Am. J. Sci. 258A, 80-97, 1960.
HALL, G. F. Pedology and Geomorphology. In: WILLING, L.P. et al.(eds.) Pedogenesis and soil taxonomy. I. Concepts and interactions. New York, Elsevier Sci. Pub., p.117-140, 1983.
HEIMSATH, A. M.; DIETRICH, W. E.; NISHIIZUMI, K. e FINKEL, R. C. Cosmogenic nuclides, topography, and the spatial variation of soil depth. Geomorphology (27):151-172, 1999.
HEIMSATH, A. M., CHAPPELL, J., DIETRICH, W.E., NISHIIZUMI, K., FINKEL, R.C.. Soil production in a retreating escarpment in southeastern Australia. Geology 28, 2000, 787-790.
HEIMSATH, A. M., CHAPPELL, J., DIETRICH, W.E., NISHIIZUMI, K., FINKEL, R.C.. Late quaternary erosion in southeastern Australia: a field example using cosmogenic nuclides. Quat. Int. 83-85, 2001, 169-185.
JACKSON, M. L. Soil chemical analysis: advanced course. Madison, University of Wisconsin, 895p., 1969.
LEITE, A. F. Estudo hidrogeoquímico em uma pequena bacia de drenagem montanhosa-rural: alto vale do rio Fortaleza, Bananal – SP. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Geografia, UFRJ. 96p, 2001.
LEMOS, R. C. da& SANTOS, R. D. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 3ª ed. Campinas: SBCS, 84p, 1996.
LEPSCH, I. F.; BUOL, S. W. & DANIELS, R. B. Soil landscape relationships in the Ocidental Plateau, of São Paulo State, Brazil. II. Soil morphology, genesis and classification. Soil Sci. Soc. Am. J., Madison, 41(1):109-115, 1977.
LUZ, L. R. Q. P. da; SANTOS, M. C. D. & MERMUT, A. R. Pedogênese em uma toposseqüência do semi-árido de Pernambuco. R. Bras. Ci. Solo, Campinas, 16:95-102, 1992.
MEIS, M.R.M., COELHO NETTO, A. L. & OLIVEIRA, P.T.T.M. Ritmo e variabilidade das precipitações no vale do rio Paraíba do Sul: o caso de Resende. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, [S.I.], 3(1):43-51, 1981.
OLLIER, C. Weathering. Edinburgh, Oliver & Boyd, 304p, 1984.
OLLIER, C. & PAIN, C. Regolith, soils and landforms. John Wiley & Sons. 316p, 1996.
PENCK, W. Morphological analysis of land forms – A contribution to physical geology. McMillan & Co. 429p, 1953.
PHILLIPS, J. D.. Weathering instability and landscape evolution. Geomorphology 67, 2005, 255-272.
POLIVANOV, H. Caracterização química, mineralógica, física e geotécnica de perfis de intemperismo desenvolvidos de gnaisses no Rio de Janeiro. Tese de Doutorado. Departamento de Geologia, UFRJ, 336p, 1998.
RUHE, R. V. Geomorphic surfaces and the nature of soils. Soil Sci., 82:441-465, 1956.
SCATOLINI, F. M. & MONIZ, A. C. Influência do material de origem, do lençol freático surgente e da posição topográfica nos solos de uma encosta em Mococa (SP). Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, 16:379-388, 1992.
SOWERS, G. F. Fundation problems in residual soils. International Conference an Engineering Problems of Residual Soils, China, p.154-171, 1988.
STALLARD, R. F. Weathering and erosion in the humid tropics. In: Physical and chemical weathering in geochemical cycles. Editores: Lerman, A. E Meybeck, M. NATO ASI Series. Kluwer Academic Publishers, 225-246pp, 1988.
THOMAS, M.F. Geomorphology in the Tropics: a study of weathering and denudation in low latitudes. NY, John Wiley & Sons. 443p, 1994a.
THOMAS, M. F. Ages and geomorphic relationships of saprolito mantles. In: Rock weathering and landform evolution / edited by D. A. Robinson and R. B. G. Williams. NY, John Wiley & Sons. p.287-302, 1994b.
TURKINGTON, A. V., PHILLIPS, J. D., CAMPBELL, S. W.. Weathering and landscape evolution. Geomorphology 67, 2005,1-6.
VIDAL TORRADO, P. Relações solo x relevo em Mococa (SP): influência das características topográficas e posição na vertente nos atributos do solo. Piracicaba, ESALQ-USP, Dissertação de mestrado, 205p, 1989.
XAVIER, R. A. A influência das estruturas geológicas e da posição topográfica no desenvolvimento de regolitos: bacia do alto rio Fortaleza, Bananal/SP. Dissertação de mestrado, Programa de PósGraduação em Geografia, UFRJ. 115p, 2004.
XAVIER, R. A.; LEITE, A. F. & COELHO NETTO. Aplicação de índices de intemperismo como subsídio à compreensão do papel das fraturas na evolução de encostas. Anais do IX Simpósio de Geografia Física Aplicada, de 14 a 18 de novembro de 2001, UFPE, Recife. p. 76-77, 2001.
XAVIER, R. A. & COELHO NETTO, A. L. Evidências mineralógicas do intemperismo diferencial em zonas de fluxos artesianos através de fraturas subverticais. Anais do IV Encontro Sobre Engenharia Geotécnica e Hidrologia no Sistema Encosta-Planície Costeira, Bananal/SP, p. 70-74, 2002a.
XAVIER, R. A.; LEITE, A. F. & COELHO NETTO. Fraturas e artesianismo como condicionantes do intemperismo diferencial na bacia do alto rio Fortaleza, Bananal/SP: evidências mineralógicas. Anais do X Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental (CD-Rom), Ouro Preto/MG, 2002b.
WAMBEKE, V. Criteria for classifying tropical soils by age. J. Soil Sci., 13:124-132, 1962.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.