Representação gráfica da vegetação da bacia do riacho São José na porção semiárida do Agreste pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562023e43940Palavras-chave:
Pirâmides de Vegetação; Fitogeografia; Área de Transição; Pernambuco.Resumo
O ambiente semiárido que integra a faixa de transição do Agreste do Estado de Pernambuco revela mudanças na fitofisionomia do sentido de Leste para Oeste, compreendendo do Planalto Central da Borborema a Depressão do Baixo São Francisco. Essa constatação é colocada em evidência no percurso de bacias hidrográficas com forma alongada sobre as citadas feições geomorfológicas, como é o exemplo do riacho estudado. Diante desta realidade, teve-se como objetivo representar a composição florística da bacia Riacho São José-PE através de pirâmides de vegetação, destacando as interações geoecológicas das paisagens semiáridas moderada e subúmida, destacando as mudanças fitofisionômicas que se sucedem. Nessa intenção, os procedimentos aplicados são enviesados na perspectiva de uma análise integrada dos componentes geoecológicos da paisagem e a metodologia de pirâmides de vegetação disponível na literatura: levantamento bibliográfico do tema e seus métodos, construção de banco de dados cartográficos com as informações geoecológicas, atividade de campo e confecção cartográfica e gráfica. Tais ações possibilitaram a construção de quatro pirâmides a partir de áreas amostrais, levantamento de informações biogeográficas, fitossociológicas e a classificação da dinâmica vegetal por estrato. Assim foram identificadas 25 famílias e 56 espécies de vegetação arbórea, arborescente, arbustiva, subarbustiva e herbácea; nas representações gráficas diagnosticou-se os cinco estratos vegetais, com exceção da segunda pirâmide; a principal dinâmica constatada foi o estado de equilíbrio e em menor representação o estado em regressão nos estratos arbóreo da primeira e subarbustivo da terceira pirâmide. Os resultados revelaram assim a estrutura e dinâmica da vegetação uma área de transição fitogeográfica o que pode indicar prioridades para conservação da Caatinga diante do estado de regressão na dinâmica de alguns estratos e pouca representatividade de espécies nativas, bem como deve-se desenvolver novos estudos em outras áreas de Caatinga com fins a análises comparativas, pois a metodologia adotada pouco tem sido explorada nesse sentido.
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