MAPEAMENTO DOS SUBESPAÇOS DE SILÊNCIO EPIDEMIOLÓGICOS NAS REGIÕES DE SAÚDE DO AMAZONAS (BR)
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562017e40155Palavras-chave:
óbitos, Geografia da saúde, AmazonasResumo
Este trabalho apresenta resultados obtidos a partir de um estudo investigativo sobre os dados de Mortes com Causas Mal Definidas no Estado do Amazonas no ano de 2014. Os valores encontrados foram associados às taxas da distribuição proporcional existente entre populações rural e urbana de cada município avaliado. As informações foram trabalhadas por meio da Plataforma de dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado (FVS). A metodologia incluiu como principal ferramenta o uso de geotecnologias, que possibilitaram a espacialização das informações e o mapeamento dos municípios com maiores taxas de mortes. As interpretações dos dados tornaram evidente que, naquele ano, 40% dos municípios (com representação em todas as Regiões de Saúde) declararam proporções de Mortes com Causas Mal Definidas acima do limite de 10% estipulado pelo Ministério da Saúde (MS). Destacaram-se os municípios de Jutaí (35,19%), Itamarati (38,46%), Maués (40,1%), Ipixuna (45,1%) e Carauari (47,9%) com maiores proporções do citado padrão de óbito. Apenas os municípios de Juruá e Maraã apresentaram, segundo os dados oficiais, 0% dos óbitos com causas mal definidas. Os espaços que foram marcados por elevadas proporções de Mortes com Causas Mal Definidas incluídas no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), revelam conhecimento parcial do perfil da mortalidade do Amazonas e configuram-se como subespaços de silêncio em relação às relevantes informações epidemiológicas para o adequado planejamento da atenção à saúde dessas populações.
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