AUTOCONSTRUÇÃO E PAISAGEM: CIDADE INFORMAL E SUJEITOS URBANOS DA PERIFERIA DE VIÇOSA (MG)
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562017e40123Palavras-chave:
Autoconstrução, Paisagem Urbana, Assentamento Urbano Popular, Viçosa (MG)Resumo
Este artigo objetivou analisar os conceitos de autoconstrução e paisagem, relacionando-os à periferia urbana de Viçosa (MG). Através de pes quis a literária, partiu-se da discussão sobre: autoconstrução como prática constante, principalmente da população carente que ergue suas residências mediante o próprio esforço, perante as dificuldades em conquistar um lar; e paisagem não como mera descrição visual da realidade, mas como percepção da dimensão cultural e humana envolvida na modificação do território excluido. Destarte, mesclou-se os dois conceitos citados através do estudo empírico no bairro Nova Viçosa. Após observação direta e entre vistas com moradores, notou-se uma estreita relação entre o urbanismo excludente e o desenvolvimento segregatório no bairro, que negligenciado pela ação estatal, encontrou na autoconstrução alternativa para obrenção de moradia. Além disso, devido ao morador auto construir de forma gradativa, incessante, imprime ao local uma paisagem eternamente inacabada, em mutação, grafando no espaço a forte expressão dos seus desejos e necessidades habitacionais.
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