GEOCACHING, NOVAS PRÁTICAS ESPACIAIS E POTENCIAL MODELAÇÃO DA IMAGEM DOS LUGARES

Autores

  • João Luís Jesus Fernandes Departamento de Geografia e CEGOT Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.26512/2236-56562013e39966

Palavras-chave:

geocaching, lazer, turismo, imagem dos lugares

Resumo

As tecnologias alteraram a relação das populações com o espaço mas não as tornaram menos territoriais. O geocaching, enquanto rede social e prática inovadora de lazer, define territorialidades particulares e olhares muito próprios sobre os lugares. Como atividade de (re) descoberta e representação de paisagens, o geocaching poderá apresentar um não neglicenciável potencial turístico e uma relevante capacidade de modelação da imagem do espaço geográfico. No encontro entre as tradicionais métricas euclidianas e as mais recentes geometrias topológicas, o geocaching será, por isso, algo mais que uma simples prática de lazer e ocupação dos tempos livres. É uma nova forma de territorialização de uma comunidade de praticantes que visita e representa lugares, alguns familiares, outros desconhecidos, que assim ganham um novo atrativo e, em muitos casos, uma nova imagem.

Referências

ADAMS, K. (2004) The genesis of touristic imagery. Tourist Studies, 2 (4): 115-35.

ASHWORTH, G.; GOODALL, B.; (eds) (1990) Marketing tourism places. London: Routledge, 287 p.

KOZAK, M.; ANDREU, L. (eds) (2006) Progress in tourism marketing. Amsterdam: Elsevier, 296 p.

AVRAHAM, E.; KETTER, E. (2008) Media strategies for marketing places in crisis. Amsterdam: Butterworth-Heinemann, 248 p.

BAKER, B. (2007) Destination branding for small cities. Portland: Creative Leap Books, 208 p.

BALOGLU, S.; MCCLEAR, K. (1999) A model of destination image formation. Annals of Tourism Research, 26 (4): 808-889.

CLAVAL, P. (1995) La géographie culturelle. Paris: Nathan, 384 p.

CLAVAL, P. (2002) El enfoque cultural y las concepciones geográficas del espacio. Boletin de la A.G.E., 34: 21-39.

CLAVAL, P. (2006) Comunicação, diferenciação de culturas e organização do espaço (noções-chave). In: SARMENTO, J.; PIMENTA, J. R.; AZEVEDO, A. F. (coord.) Ensaios de Geografia Cultural. Livraria Editora Figueirinhas, Porto: p. 21-35.

CORRÊA, R. L. (1995) A dimensão cultural do espaço: alguns temas. Espaço e Cultura, Ano I, edição de Outubro, p. 1-21.

COSTA, C. S.; STEINMEIER, G. (2012) A caça ao tesouro ao ar livre. Geocaching, uma oportunidade de lazer em espaços verdes. Arquitextos, 143.03, ano 12. In: http:// www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.143/4332.

CULLEN, G. (2009) Paisagem urbana. Lisboa: Edições 70, 206 p.

DOLLFUS, O. (1998) A mundialização. Lisboa: Publicações Europa-América, 163 p.

FARMAN, J. (2009) Locative life: geocaching, mobile gaming, and embodiment. In: http://www.escholarship.org/uc/item/507938rr.

FLORIDA, R. (2008) Who’s your city? New York: Basic Books, 384 p.

FREIXO, M. (2006) Teorias e modelos de comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 410 p.

FRIEDMAN, T. L. (2005) O mundo é plano. Uma História breve do século XXI. Lisboa: Actual Editora, 520 p.

HAESBAERT, R. (2004) O mito da desterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand, 395 p.

HARVEY, D. (2002) The condition of postmodernity. Cambridge: Blackwell, 392 p.

HARVEY, D. (2011) O enigma do capital e as crises do capitalismo. Lisboa: Bizâncio, 336 p.

HEATH, E.; WALL, G. (1992) Marketing tourism destinations: a strategic approach. New York: John Wiley & Sons, 240 p.

KASTENHOLZ, E. (2002) O papel da imagem do destino no comportamento do turista e implicações em termos de marketing: o caso do Norte de Portugal. 343 p. Dissertação (Doutoramento em Turismo)- Universidade de Aveiro.

KOTLER, P.; HAIDER, D.; REIN, I.(1993) Marketing places. New York: Free Press, 400 p.

LYNCH, K. (1999) A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70, 200 p.

MARSHALLS, M. (2007) Country image and its effects in promoting a tourist destination. Case study: South Africa.96 p. Dissertação (Mestrado em Business Administration – MBA) - Blekinge Institute of Technology.

MAYER, R. (2002) Artificial Africas. Colonial images in the times of globalization. Hanover and London: University Press of New England, 400 p.

PHILO, C.; KEARNS, G. (Ed.) (1993) Selling places. The city as cultural capital, past and present. Oxford: Pergamon Press, 300 p.

POON, A. (1994) The new tourism revolution. Tourism Management, 15 (2): 91-92.

RAINISTO, S. (2003) Success factors of place marketing. A study of place marketing practices in Northern Europe and the United States. 271 p. Dissertação (Doutoramento em Science in Technology) - Helsinki University of Technology, Espoo.

SELBY, M.; MORGAN, N. J. (1996) Reconstruing place image. A case study of its role in destination market research. Tourism Management, 17 (4): 287-294.

SILVA, P. C. da (2011) Geobservação: da cidade à cidade eletrônica. In: COSTA, E. B. da; OLIVEIRA, R. da S. (org.) As cidades entre o ‘real’ e o imaginário: estudos no Brasil. Expressão Popular, São Paulo: p.249-264.

SIMÕES, J. M.; FERREIRA, C. C. (Ed.) (2009) Turismos de nicho. Motivações, produtos, territórios. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, 411p.

SPILKOVÁ, J. (2005) Foreign firms and their perception of regions in the Czech Republic: manufacturing industry versus producer services. Geographica, 1-2: 109-122.

SPILKOVÁ, J. (2008) Foreign investors and their perceptions of socio-institutional and entrepreneurial environment in the Czech Republic: A pilot study. Journal of Geography and Regional Planning, 1(1): p.4-11.

TUAN, Y.-F (1980) Topofilia. São Paulo: Difel, 288 p.

VIRILIO, P. (1993) A Inércia polar. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 130 p.

VIRILIO, P. (2000) Cibermundo: a política do pior. Lisboa: Teorema, 126 p.

Downloads

Publicado

01/21/2022

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

GEOCACHING, NOVAS PRÁTICAS ESPACIAIS E POTENCIAL MODELAÇÃO DA IMAGEM DOS LUGARES. (2022). Revista Espaço E Geografia, 16(1), 279-305. https://doi.org/10.26512/2236-56562013e39966