CARACTERIZAÇÃO DE VILA INSERIDA NO CONTEXTO URBANO
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562011e39884Palavras-chave:
vila operária, praticidade, conforto, individualidade, segurançaResumo
A industrialização no Brasil tem início a partir do final do século XIX e esse processo crescente e o êxodo rural tiveram vários reflexos na sociedade, dentre eles, o surgimento das vilas operárias com o intuito de prover aos operários, moradia adequada além de mantê-los próximos ao local de trabalho. A princípio, essas vilas eram destinadas às classes operárias, no entanto, com o decorrer dos anos, esse modelo arquitetônico tornou-se objeto de procura das classes média e média alta que perceberam nesses pequenos núcleos, a praticidade de se morar no centro ou próximo aos centros urbanos, além do conforto e individualidade das casas aliados a privacidade e segurança que esse tipo de conjunto residencial oferece. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é verificar de forma empírica, por meio de estudos de caso, uma abordagem da situação e ocupação de algumas vilas operárias na capital de São Paulo e em algumas cidades do interior do estado, demonstrando a mudança ocorrida no público ocupante desse tipo de habitação bem como os conceitos de urbanismo moderno têm sido adaptados aos novos conjuntos residenciais. Os resultados obtidos mostram os anseios dos moradores nos quesitos segurança aliados ao conforto e qualidade de vida. Estas constatações têm direcionado os agentes públicos e privados a desenvolverem soluções urbanísticas que atendam a essa demanda.
Referências
ARAGÃO, S. M. L de (2000). Da persistência do ecletismo nas vilas paulistanas. Dissertação de mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – USP, São Paulo.
BLAY, E. A. (1985). Eu não tenho onde morar: Vilas Operárias na cidade de São Paulo. São Paulo: Editora Nobel.
BONDUKI, N. G. (1994). Origens da habitação social no Brasil (1930-1964). Análise Social (Lisboa), 29(127): 711-732.
BONDUKI, N. G. (1998). Origem da Habitação Social no Brasil – arquitetura moderna, lei do inquilinato e difusão da casa própria. 2ª. Ed. São Paulo: Estação Liberdade; FAPESP.
CHOAY, F. (1997). O Urbanismo. São Paulo: Editora Perspectiva.
CORDEIRO, S. L. (2005). Moradia Popular na Cidade de São Paulo (1930-1940) Projetos e Ambições. – Revista Histórica (Revista Eletrônica do Arquivo do Estado), nº 1, 1- 13p.
CORREIA, T. de B. (1997a). A indústria e a moradia operária: as diferentes formas de acesso a casas em vilas operárias e núcleos fabris. Sinopses, 28: 9-18.
CORREIA, T. de B. (1997b). Moradia e trabalho: o desmonte da cidade empresarial. In: Encontro Nacional da ANPUR. 7., Recife. Anais. Recife: MDU-UFPE. p. 715-727.
DECCA, M. A. G. (1987). A vida fora das fábricas - cotidiano operário em São Paulo 1920 - 1934. São Paulo: Ed. Paz e Terra - Oficinas da História.
ENGELS, F. (1986). A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global.
GOTTDIENER, M. A (1993). Produção social do espaço urbano. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
GUNN, P. & CORREIA, T. B. (2005). A industrialização brasileira e a dimensão geográfica dos estabelecimentos industriais. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 7(1): 17-53.
HARVEY, D. (2004). Condição pós-moderna. 13ª. ed. São Paulo: Loyola.
PICCINI A. (1997). Cortiços e Reestruturação do Centro Urbano de São Paulo, Habitação e Instrumentos Urbanísticos. Dissertação de Mestrado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo-Epusp - Departamento de Engenharia de Construção Civil.
REIS, N. G. (2001). Habitação popular no Brasil: 1880 – 1920. In: Cadernos de Pesquisa do LAP – Revista de Estudos sobre Urbanismo, Arquitetura e Preservação. São Paulo: LAP/FAU – USP.
SILVA, S. (1978). Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil. São Paulo: AlfaÔmega.
SOUZA, A. M. Governo Urbano. São Paulo: Editora Nobel. Coleção Espaços.
TRAMONTANO, M. (2002). Habitação moderna – a construção de um conceito. São Carlos: EESC-USP.
ZAMBONI S. (2008). O Charme das vilas. Arquitetura & Construção, Editora Abril, julho de 2008, p. 128-131.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.