ANÁLISE DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS NA BACIA DO RIO GRANDE (BA), UTILIZANDO IMAGENS ALOS E MODELAGEM MATEMÁTICA, COMO FORMA DE SUBSIDIAR O PLANEJAMENTO DA ÁREA.
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562009e39851Palavras-chave:
sensoriamento remoto, SIG, paisagem, uso da terra, ALOSResumo
A região do Oeste do estado da Bahia teve uma forte expansão do setor agropecuário desde a década de 1970, modificando totalmente a paisagem natural. Essa mudança rápida e intensa no uso da terra tem produzido impactos nas áreas de preservação permanente (APP) e fragmentação da vegetação nativa. O presente trabalho possui como objetivo avaliar na bacia do rio Branco as áreas de preservação permanente, detectando as áreas com uso indevido, como também verificar o grau de fragmentação da vegetação. No presente trabalho foram utilizadas imagens pancromáticas do sensor PRISM/ALOS de alta resolução espacial (2,5 metros), referentes ao ano de 2008. A metodologia pode ser subdividida nas seguintes etapas: (a) processamento das imagens ALOS; (b) confecção do mapa do uso da Terra; (c) delimitação das áreas de preservação permanente; e (d) cálculo das métricas dos fragmentos da vegetação nativa. Para o cálculo das métricas dos fragmentos foi utilizado o programa FRAGSTATS considerando dois cenários: (a) situação atual, e (b) com as APPs preservadas. A área de APP identificada é de 583,59 km², na qual foi constatado uso inadequado em 48,28 km². Considerando o cenário ideal com as APPs preservadas observa-se uma melhora da fragmentação com: (a) diminuição do número de fragmentos de 338 para 187 e (b) significativo aumento do tamanho médio dos fragmentos.
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