REDES SOLIDÁRIAS DE COMERCIALIZAÇÃO E COMPRA DE PRODUTOS NORDESTINOS NO DISTRITO FEDERAL (DF)
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562005e39749Palavras-chave:
Economia Solidária, Comércio Solidário, Fair Trade, Agricultura Familiar, Redução da PobrezaResumo
A preocupação com a perda de espaço da agricultura familiar nordestina face a intensificação da globalização e dos complexos agroindustriais no mercado interno brasileiro, levando a uma exclusão crescente da produção dessa agricultura, nos leva a refletir sobre as formas possíveis de evitar que as pessoas que atualmente dependem dessa agricultura para sua sobrevivência percam suas possibilidade de manutenção no meio rural e vejam como alternativa única a migração para as periferias de cidades médias, cirando um processo de desterritorialização. Uma das maneiras de manter os atuais territórios é a formação de redes solidárias de comércio entre a agricultura familiar e os nordestinos que migraram para grandes cidades em épocas em que o processo quer de crescimento urbano-industrial ainda tinha dinamismo suficiente para integrálos à economia urbana. As populações imigradas não perdem os vínculos com sua origem criando um comércio de produtos típicos do Nordeste. O comércio solidário cria vínculos entre produtores e consumidores aumentando o acesso dos produtores familiares ao mercado, criando oportunidades de melhores condições de vida e de trabalho na agricultura familiar nordestina, com aumento da renda e a redução da pobreza. As redes solidárias de produção e consumo representam a possibilidade de os agricultores familiares saírem do círculo vicioso da exploração que permite que os intermediários fiquem com a maior parcela de acumulação e poupança, para um circulo virtuoso onde eles se apropriariam dos excedentes gerados pelo seu trabalho.
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