Ecologia de Contato de Línguas à luz da Teoria Ecológica de Pressões em Dacar

Autores

  • Djiby Mane Universidade de Brasília

Resumo

Por ser um mosaico linguístico, Senegal é um exemplo de ecologias linguísticas complexas. No território senegalês têm-se línguas de diferentes status, sendo uma língua supercentral (francês, língua oficial), as línguas centrais utilizadas na mídia e na educação bilíngue e as línguas periféricas utilizadas apenas em contextos de interação intraétnica. No tocante às línguas centrais, apenas o wolof parece ser de difusão nacional, sobretudo, nas grandes cidades (Dacar, por exemplo), em detrimento das demais. Fazendo uso de metodologia qualitativa com aplicação de questionário via Google Forms e em observância à teoria da ecologia das línguas de Couto (2007) e Calvet (1987, 2004, 2005, 2021) e à teoría de ecologia de pressiones de Terborg, Velazquez & Trujillo (2021) e Trujillo Tamez & Terborg (2009), o presente estudo analisou as pressões do wolof sobre as línguas minoritárias em Dacar, capital administrativa e econômica do Senegal. Concluiu-se que, apesar ameaçadas pelo wolof em Dacar, as línguas minoritárias continuam vitais em seus nichos naturais – no interior do país –, onde são caracterizadas pelo tripé P-T-L, ou seja, população morando em seu território e interagindo por meio de uma linguagem própria.

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Publicado

2025-08-12

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Seção

Artigos

Como Citar

Ecologia de Contato de Línguas à luz da Teoria Ecológica de Pressões em Dacar. (2025). Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 11(2), 91-112. https://periodicostestes.bce.unb.br/index.php/erbel/article/view/59260