O menino que descobriu o vento, de Chiwetel Ejiofor sob a luz da Análise do Discurso Ecossistêmica (ADE)
Resumo
Este trabalho teve como objetivo analisar os efeitos de sentido nas interações comunicativas do filme O Menino que Descobriu o Vento, entre William Kamkwamba e outros personagens, como família, amigos e professores, considerando os ecossistemas natural, mental e social. Em relação ao ecossistema mental, utilizamos os estudos sobre memória de Damásio (2012, 2018), Halbwachs (2013) e Le Goff (1990), bem como as análises de imagem propostas por Aumont (2002). Essas interações foram analisadas sob a ótica da Análise do Discurso Ecossistêmica (ADE), que se baseia em dois princípios fundamentais: (1) a defesa incondicional da vida e (2) a luta contra todo e qualquer sofrimento evitável (COUTO; RAMADAN, 2024). O filme é baseado em uma história real, retratando a vida do jovem William Kamkwamba, habitante de um vilarejo na República do Malawi, na África Oriental. Durante o filme, observamos a maneira como o protagonista lida com a fome, a depressão e a perda de seu cão Gwamba, causando grande dor e sofrimento, já que o animal era um dos poucos amigos que lhe restaram. A análise das interações, associadas aos conceitos de memória e imagem, foram fundamentais para compreender os desafios enfrentados pelo protagonista ao interagir com os outros e os efeitos de sentido presentes nessas interações. Identificamos, no decorrer da narrativa, a coragem e determinação por parte do personagem ao enfrentar as dificuldades de acesso à educação. Além disso, observamos o sofrimento e a resistência, evidenciada pela superação da fome e pela criação de um moinho ao final da história. Esse ato, ao possibilitar a colheita de alimentos e melhorar as condições de vida do vilarejo, alinha-se diretamente aos princípios da ADE: a defesa da vida e minimização de sofrimentos evitáveis.
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