Ao revés da história em Dom Casmurro e Esaú e Jacó
três pontos sobre Machado de Assis
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i68.57727Palavras-chave:
literatura brasileira, Lukács, Machado de AssisResumo
Este pequeno texto compõe as considerações finais da tese de doutoramento defendida em dezembro de 2019. Como o texto procura sistematizar as discussões da tese, bem como esclarecer alguns pontos mais ou menos desenvolvidos durante o decorrer de seu conteúdo, optamos por deixá-lo como lá se apresenta, para manter tanto os pontos fortes quanto os pontos fracos da elaboração; pensamos que isso não deve dificultar a leitura, pois o texto pretende esclarecer não só ao leitor as ideias, mas também ao próprio autor que as havia discutido durante a tese. É importante adiantar aqui que essa tese buscou compor uma discussão um tanto híbrida, lendo Machado de Assis sob o ponto de vista da fortuna crítica consolidada, e, na medida do possível, inserindo Lukács na leitura, o que não é inovador, porém ainda algo pouco comum para a crítica machadiana, embora as teses lukacsianas tenham ganhado força nos últimos anos no que diz respeito à obra de Machado de Assis. O resultado foi salutar, por assim dizer. Dentre as muitas contribuições da banca de arguição, uma delas foi bastante emblemática: a certa altura, um dos arguidores perguntou: Durante sua tese foi Lukács que arguiu Machado ou o contrário? Tal pergunta ainda continua sem resposta, contudo, ela (a pergunta) ilumina o esforço da tese, já que põe em pé de igualdade o romancista e o crítico, e, como ambos são grandes, a questão corrobora a necessidade de ampliação desse tipo de estudo.
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