Letramento midiático e informacional e discurso de ódio: uma relação necessária
DOI:
https://doi.org/10.26512/rici.v17.n1.2024.53067Palavras-chave:
Discurso de ódio, Letramento midiático, Competência em informaçãoResumo
É proposto abordar o vínculo entre letramento midiático e informacional e discurso de ódio. Partindo da premissa de que existe uma relação necessária entre os três conceitos e que eles são essenciais para combater os processos de desinformação e garantir a formação de indivíduos críticos e autônomos para utilizar e avaliar a informação em um âmbito de respeito aos direitos das pessoas. Segundo esta afirmação, pretende-se centrar o estudo em duas linhas de análise, por um lado, a revisão das orientações e principais definições de letramento midiático e informacional para identificar componentes que possam estar diretamente relacionados com o discurso de ódio e, por outro lado, a identificação de pesquisas sobre discurso de ódio e a relação que estas estabelecem com o letramento midiático e informacional. O marco teórico que sustenta a proposta implica a análise dos conceitos mencionados e relacionados para procurar os pontos de encontro que fundamentam a premissa e permitam a geração de conhecimento sobre a temática. Para isso, será utilizada uma metodologia qualitativa que considerará as seguintes ferramentas: revisão e análise bibliográfica, para conhecer a situação da temática; estudo das orientações sobre letramento midiático e informacional para verificar se abordam a questão do discurso de ódio e, em caso afirmativo, de que forma. A partir do estudo e discussão dos resultados decorrentes da metodologia aplicada, serão elaboradas categorias de análise para abordar o assunto e obter os principais resultados. O artigo é essencialmente teórico e pretende sistematizar parte do conhecimento gerado sobre um assunto emergente e que afeta principalmente a grupos vulneráveis de nossa sociedade. Ao mesmo tempo, espera-se contribuir para a geração de alternativas que priorizem a abordagem do discurso de ódio a partir das ferramentas que fornecem o letramento midiático e o letramento informacional. Finalmente, destaca-se que a proposta faz parte do estudo para a geração de uma nova linha de investigação que será realizada pelo Grupo de Pesquisa AlfaInfo.uy da FIC.
Referências
Association of College and Research Libraries ACRL (2015) Framework for Information Literacy for Higher Education. Revisión de la traducción al castellano: Marco de referencia para la alfabetización informacional en la educación superior, a cargo de Dora Sales (Universitat Jaume I), 2019.
Celik, S. Experiences of internet users regarding cyberhate. Information Technology & People, v. 32, n. 6, p. 1446-1471, 2019.
Chartered Institute of Library and Information Professionals (CILIP). Information Literacy: Definition. 2004.
Civila, S.; Romero-Rodríguez, L. M.; Aguaded, J. I. Competencia mediática contra el odio, la violencia discursiva y la confrontación: Análisis documental y de teoría fundamentada. Temas De Comunicación, n. 41, 2020. https://revistasenlinea.saber.ucab.edu.ve/index.php/temas/article/view/4751
Haasio, A.; Mattila, M.; Ojaranta, A. The Role of Libraries in Avoiding Hate Speech and False Information. Information and Communication Sciences Research, v. 22, p. 9-15, 2018. https://research.abo.fi/en/publications/the-role-of-libraries-in-avoiding-hate-speech-and-false-informati
IFLA Directrices sobre desarrollo de habilidades informativas para el aprendizaje permanente. 2007. Disponible en: https://www.ifla.org/wp-content/uploads/2019/05/assets/information-literacy/publications/ifla-guidelines-es.pdf
Igwebuike, E. U. Media and Information Literacy as a Panacea for National Integration in an Era of Hate Speech in Nigeria. DESIDOC Journal of Library & Information Technology, v. 41, n. 4, p. 240–244, 2021. https://doi.org/10.14429/djlit.41.4.17202
Izquierdo-Montero, A.; Laforgue-Bullido, N.; Quirós-Guindal, A.; Lorón-Díaz, I. Adolescentes frente a los discursos de odio. Una investigación participativa para identificar escenarios, agentes y estrategias para afrontarlos. Madrid: Centro Reina Sofía Sobre Adolescencia y Juventud, Fad, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.6581238
Cuevas-Cerveró, A.; Martínez-Ávila, D. Alfabetización informacional crítica: Una corriente política cada vez más necesaria. Anuario Think EPI, n. 16, p. 1–10, 2022. https://doi.org/10.3145/thinkepi.2022.e16a31
Naciones Unidas. Declaración Universal de los Derechos Humanos. 1948.
Sales, D. Definición de alfabetización informacional de CILIP, 2018. Anales de documentación, v. 23, n. 1, 2020. Facultad de Comunicación y Documentación y Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia. https://doi.org/10.6018/analesdoc.373811
Samy-Tayie, S.; Tejedor, S.; Pulido, C. News literacy and online news between Egyptian and Spanish youth: Fake news, hate speech and trust in the media. Comunicar, n. 74, p. 73-87, 2023. https://doi.org/10.3916/C74-2023-06
Twiss, T. Hate Speech In Libraries: How and How Not to Fight It. Journal of Intellectual Freedom & Privacy, v. 4, n. 3, p. 3-6, 2020.
Unesco. Media and Information Literacy Policy and Strategic Guidelines. United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, 2013. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000225606
UNESCO. Standards for Media and Information Literacy Curricula Guidelines. 2019. https://www.unesco.org/sites/default/files/medias/files/2022/02/Global%20Standards%20for%20Media%20and%20Information%20Literacy%20Curricula%20Development%20Guidelines_EN.pdf
Wilson, C.; Grizzle, A.; Tuazon, R.; Akyempong, K.; Cheung, C. Alfabetización mediática e informacional: Curriculum para profesores. 2011. Unesco. http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002160/216099S.pdf
Zorrilla Luque, J. L.; García Ruiz, C. R.; Hernando Gómez, Ángel. Discurso de odio en la prensa digital: alfabetización mediática en alumnado de Secundaria. Didácticas Específicas, n. 25, p. 128–149, 2021. https://doi.org/10.15366/didacticas2021.25.007
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 María Gladys Ceretta Soria, Magela Cabrera Castiglioni
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Notas de direitos autorais
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License 4.0, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: distribuir em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
